MV - É a primeira vez que as tuas obras são expostas? O que sentis-te?
DB - Não é a primeira vez que eu tenho trabalhos numa exposição mas, é a primeira vez que eu acho que é mesmo o meu trabalho individual. O meu pai também fez exposições quando era mais novo e lembro-me de, por exemplo, esse desenho que disse do auto-retrato ter sido exposto numa exposição. Mas não considerei isso uma exposição minha, eram exposições colectivas, tinha um trabalho ou outro, e isso era mais um treino artístico. Agora é que considero que esteja a fazer mais arte aquilo não era realmente. Por isso sim, é a primeira vez que estou a expor os meus trabalhos a uma escala maior. É uma sensação de orgulho mas não é um orgulho egoísta. A sensação que me d eu foi que “ já viste tens muitas coisas para fazer mas ao menos já começas-te a fazer”. Então é uma sensação que nos obriga quase a ser humildes. Dá muita energia ver que consegues ver o trabalho feito e afastar-te do trabalho, poderes observar e deixar que outras pessoas interpretem. Eu lembro-me que estava em pulgas no dia da inauguração da exposição porque ia ter finalmente pessoas a conhecerem-me. Mesmo que isto pareça uma coisa um bocado egoísta, acho que todos os artistas têm uma grande vontade que o resto das pessoas conheçam o que eles tão a fazer, não no sentido de terem de impor o seu trabalho ou a sua visão sobre o mundo, mas querem partilhar aquilo e saber a opinião das outras pessoas, com a esperança de que algumas gostem. “
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